06 junho 2011

Palestra no Sindicato debate inserção de pautas sustentáveis no jornalismo






A Comissão Permanente e Aberta de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (CPAJAC) do Sindicato realizou na última segunda-feira, dia 30 de maio, no auditório Vladimir Herzog, a palestra “As novas pautas da sustentabilidade”. A atividade direcionada aos profissionais de comunicação e estudantes foi ministrada pelo jornalista especializado na área, diretor-executivo do Instituto dos Mananciais e colunista da Carta Capital, Reinaldo Canto, que falou da necessidade de inserção de pautas que abordem o tema da sustentabilidade nas redações.
A mesa foi coordenada por Sylvio Micelli, da Comissão de Assessoria de Comunicação e contou com a presença do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto). Também estavam presentes no evento a diretora de Sindicalização, Márcia Quintanilha e Denise Fon, da Comissão de Ética do SJSP - ambas da CPAJAC.
O presidente do Sindicato abriu o encontro relembrando o valor histórico da Comissão de Assessoria. Ele falou sobre a luta pela consolidação da função de assessoria de imprensa enquanto atividade jornalística, realizada há mais de 20 anos atrás. “Nesta época, o debate sobre o tema era intenso e não foi uma discussão fácil. Hoje somos referência internacional para países que ainda não conseguiram avançar nesse ponto. Não é a toa que temos uma brasileira na secretaria da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), que é a Beth Costa, ex-presidente da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro".
Guto também ressaltou as condições mercadológicas atuais da assessoria, que em sua avaliação, têm crescido muito nos últimos tempos. “O 23º Encontro Estadual de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (EJAC), que ocorrerá de 26 a 28 de agosto, discutirá a assessoria de imprensa no cenário de crescimento econômico, informou.”
Já o palestrante, Reinaldo Canto, apresentou um conjunto de slides sobre a realidade jornalística nos dias atuais e as suas possibilidades de mudança. Para o especialista, o principal é fazer com que a sustentalidade faça parte da pauta diária das redações. “Para que isso aconteça é preciso pensar em editorias transversais que perpasse a questão em todas as editoriais, não só na de meio ambiente”.
O jornalista também esclareceu que o tema trata de qualidade de vida e, é importante que ela não pode seja rotulada ou ideologizada. “Desenvolvimento sem sustentabilidade não é desenvolvimento. A pergunta é: Qual o papel do jornalismo na criação de um futuro sustentável em tempos de Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Crise Econômica? O fundamental é a análise mais abrangente somada a aspectos econômicos, ambientais e sociais”, salientou.
Dados da pesquisa Ethos/ Akatu, apresentados por Reinaldo, apontam que 84% da população não sabe o que é sustentabilidade. Mesmo assim, na prática, existem ações positivas como evitar desperdício de água fechando torneiras, apagar luzes, separar o lixo e reciclagem. Para finalizar ele apresentou ações estratégicas do Greenpeace e do Instituto Akatu, (organizações onde já trabalhou) de assessoria de imprensa para comunicar suas ações.

(Fotos André Freire)

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